domingo, 16 de dezembro de 2007

Um grito mudo...

um grito mudo...
josemir tadeu


Passo... deixo-te a vez.
Quem sabe teu grito
consiga, modo infinito,
ecoar pelas paredes dos quartos
das casas e das coisas entrincheiradas
em nossos próprios interiores?

A felicidade talvez seja mais vibrante
no exato instante,
em que o nosso senso pensa, modo intenso,
que ela não existe.
E aí o que persiste?
Simplesmente aquela vontade
de mirar as flores multicores,
dos jardins fadados a desaparecer.

Um grito mudo...
uma solidão pernóstica
dando vazão a uma ilógica
vontade de fazer-ser não perceber.

Um grito mudo
que representa o tudo
do imenso nada,
onde a grande maioria
- no que se faz abrumado dia -
sonha, chora e vive...

josemir (ao longo...)

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Biografia Águida Hettwer Nasceu em 31 de março de 1974 na cidade de Horizontina no Rio Grande do Sul. Mora atualmente em Sapiranga/RS. Dedica-se às letras e as Artes no seu contexto amplo, desde muito jovem. Aprecia a simplicidade, a natureza, animais de estimação, Antiguidades e seu legado na história. Acadêmica de psicologia Feevale-RS. Faz da escrita uma terapia.