sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Despejo - Watfa




Despejo

Watfa


Nos vãos de minhas mãos, murchos os dedos,

escorrem, pingo a pingo, meus segredos,

os que guardo, (clemência!), a sete chaves,

no peito ofegante, meus entraves.



Em gotas, lá se vão minhas mordaças,

cuspidas, sem retorno, as couraças,

ainda no sufoco do meu peito,

no úmido pulsar assim desfeito.



Despejo meus dejetos escondidos.

Meus dedos se separam aturdidos,

nas trêmulas opções dos meus medos

de público mostrar os meus segredos.



A fuga se revela inoperante

No ritmo já pesado, claudicante.

O corpo não responde aos meus suplícios,

Embora já rejeite os meus vícios.

Meu mundo - Watfa




Meu mundo

Watfa



Avanço nos pingos da noite escura

Semeando quimeras de luz sem cor

Deflagro no peito meus temores

Que me sufocam, quais tentáculos

Envolventes, pontudos e múltiplos.

A casca que envolve meu tronco

Se desfaz inteira num leve roçar,

Qual asa de uma libélula ferida.

Meu céu a mim pertence, é meu!

Sua cor eu a defino a cada dia...

Será clara, magenta ou sóbria;

Isto à mim cabe decidir ao sabor.

Meu mundo é único e só cabe a mim.

Sal e areia - Watfa




Sal e areia

Watfa





Eu sinto, mas lacunas do meu peito,

calor que envereda pelas veias,

tornando o emaranhado de tal jeito

que vibra em constante sal e areia.



O sal vem das lembranças que é o tempero

d`areia que circula aos bocados...

Por mais que os grãozinhos, em esmero,

diluam suas porções no delicado



e rubro, morno líquido corrente,

paredes se desgastam arranhadas.

Lembranças, na insistência permanente,

revolvem cada teia na escalada.

Insônia - Watfa



Insônia

Watfa



Figuras bem estranhas no meu chão

os raios amarelos, em porção,

desenham, indiscretos, os meus medos.

Do sol, vindos das frestas, meus segredos



revelam-se nos riscos alternados,

em formas decifradas aos bocados.

A mente, já confusa, lê sinais

que existem em minh´alma, tais e quais.



O sono se recusa ao descanso

e vejo as imagens que alcanço.

E elas complementam minha insônia,

sem dó e nem piedade ou parcimônia.

Impedida! Watfa





Impedida!

Watfa



Eu sinto, em meu corpo, tais desejos

que unidos, em mim ardem no latejo

de vida, cravejada de momentos,

orgásticos momentos, meus fomentos.



O pão que satisfaz minh´alma aflita

que o trêmulo e cansado corpo agita

é pão de tua carne que alimenta

meus vícios de mulher, de amor sedenta.



As fitas que me amarram o corpo exangue

conspurcam minha pele e meu sangue

impedem o meu vôo à tua morada,

deixando-me já nua, com meus nadas.

WATFA RAMOS -Biografia


A linguagem poética entrou na vida da poetisa através de um convite de seu irmão, para entrar num grupo da internet, uma vez que estava muito deprimida pela morte da irmã, amiga e companheira.

Trilhando caminhos líricos, espargindo sentimentos em cada verso, apreciadora de música clássica.

Teve uma infância ativa e saudável, rica de estímulos e boa educação.

Sem a violência dos dias de hoje, brincava na rua e no quintal fazendo travessuras.

A verde esperança predomina em sua cor predileta,

Entre momentos marcantes de sua vida, a poetisa relata o casamento e nascimento das filhas, e atualmente para felicidade maior, vovó coruja de um lindo netinho.

O coração da poetisa enaltece a solidariedade humana, conjugando o verbo amor a toda criatura, prevalecendo à verdade em todas as relações.

AQUI/KAN - rivkahcohen




AQUI/KAN

Aqui
onde tudo parece calmo
uma guerra acontece
e se não acreditar
na força de uma prece,
ninguém,
absolutamente ninguém
sai salvo...

Não é distante
muito menos lá fora,
onde somos todos gigantes
e se algo nos interrompe,
damos a volta
ou vamos embora...

NÃO!
É aqui dentro,
Onde sangra,
Onde fica doendo,
Onde a hora
parece que estanca!

Aqui,
onde vejo que continuo vivendo
pois ouço o tropel dos meus sonhos,
ouço meu coração.
Aqui,
busco um caminho.
Aqui,
acompanhada ou sozinha
busco uma saída,
vou achar uma solução.

Já a busquei no ontem,
busco hoje
e buscarei amanhã
AQUI!
KAN!

*Kan é aqui, em Hebraico
rivkahcohen

Ajustando a sina...rivkahcohen




Ajustando a sina...
Quantas pessoas gostariam de ser

importantes,
quantas fitam os céus e pensam ser

estrela,
quantas ouvem música e pensam ser para

ela,
quantas riem para chamar a alegria,
quantas se abraçam para não sentirem-se

sozinhas,
quantas escrevem só para desabafar!

Então...
Comecem a acreditar no sonho,
mesmo que no início lhe pareça bisonho,
mas se agarrem a ele para plasmar.
Em algum lugar hão de edificar,
se não for no hoje,
em alguma vida será!

Aí sim...
Verão o riso nas estrelas,
escutarão o canto do mar,
estenderão as lembranças no horizonte
e esperarão secar.
Mostrarão que a felicidade existe
e que qualquer um pode alcançar.


rivkahcohen

A lição que tiro disso! rivkahcohen




A lição que tiro disso

Com o universo tão grande,
olho a meu redor,
logo mais adiante
e de forma dorida,
sinto-me uma ilha
em tamanho menor
e destino errante..

Se alguma ave padece,
sinto que tem a ver comigo,
em ajuda e prece me prontifico,
mas não é o que acontece
quando a dor está comigo!

Vejo-me sozinha,
nenhuma ave se avizinha,
amanhece o dia e logo anoitece
sem ajuda , sem carinho,
sem o canto de uma prece..

A lição que tiro disso
é que ao cantar preciso
entoar mais alto,
ficar mais junto,
me posicionar ao lado,
pois não me ouviram,
não me sentiram,
não fiz amigo,
estou isolado...

rivkahcohen

Voce que não sabe! rivkahcohen




Voce que não sabe!

Você não sabe!
Mas já sobrevoei vários cenários...
Vi minha sombra em rios,
em meio ao vale.
Já pensei ser brilho,
me confundi com árvore..

Cheia de amor,
tirei rasante em penhasco;
de tristeza,
e por não ver graça nem cor,
recolhi minhas asas...
Nem o sol me animava!

Você não sabe!
Mas ao se fugir da dor,
mais ela se molda,
se encaixa..

De voar por aí
posso te afirmar
que essa de "eu é que gosto de mim"
é frase de efeito,
é prenúncio de desgraça...

Na vida
algo nos deixa inteiro,
ou nos despedaça.
E não adianta fugir,
mostrar riso,
fazer graça.

Até o dia
que o céu nasce vermelho
e depois se abre...
Eu sei que é assim,
você é que não sabe!

rivkahcohen

Será que nos conhecemos, será? rivkahcohen




Será que nos conhecemos, será?

Será que ao olharmos,
nos vemos?
São tão poucos os momentos
que nos olhamos, nos atemos,
além de todas falhas que escondemos!

Será que ao pousarmos,
de alguma forma, sabemos
o que somos, o bem
e o mal que fazemos?

Será que ao voarmos,
voamos só com o que temos,
somos justos e num sussurro,
agradecemos?

Será?
rivkahcohen

Bobagem minha! rivkahcohen



Bobagem minha!

Não liga
para o champagne aberto,
às taças arrumadas,
bobagem minha..

Só não quero
que falte nada,
muito menos
que fiquem vazias.

A economia de guerra,
estou ciente,
deixou seqüela
difícil de superar,
por isso o receio
e antes que não tenha
ou que alguém se ausente,
vem esse louco desejo de brindar!

Você não entende
e jamais entenderá..
São dores que se enraizaram,
fizeram seus galhos
e ficam pela mente
a questionar:
Haverá tempo?
Estaremos presentes?

Dúvidas que germinam
sem que se queira pensar!
Bobagem minha,
se não for em minha companhia
sempre haverá com quem brindar...

rivkahcohen

ALUGA-SE/VENDE-SE -rivkahcohen




ALUGA-SE/VENDE-SE

Vês aquela casa
com a porta trancada?
Um dia, para mim,
foi encantada!

Tinha muita música,
risos,
gargalhas
que ainda posso ouvir..

Não havia quem nela estivesse
que ficar não quisesse
e de preferência, morar,
para um pouco sorrir.

Na alegria, tem disso,
todos querem se agrupar,
pegar nem que seja o resquício
desse indefectível verbo amar..

Morava ao lado......
a solidão!
Nunca de vestido estampado,
olheiras de quem não dorme nada,
cuidando da situação.

Uma bobeira,
um entrar enganado,
ela que a tudo esgueira,
vinha pegar os pedaços
e com que satisfação!

Hoje é só uma casa fechada,
com cortina rasgada
e alguma flor em botão..
Não! Não adianto mais nada!

Querendo,
está para ser alugada
ou até mesmo, vendo!
Quem mora ao lado?
Ah, claro!
A solidão,
mas quem sabe tendo cuidado...

rivkahcohen

Alguma razão há! rivkahcohen




Alguma razão há!

Quantas vezes eu vi a neve chegar..
cobrir os campos,
gelar a água
dando ordem para tudo aquietar.
A natureza
entra num respeito silencioso
que com certeza
alguma coisa está a nos ensinar..
Quem sabe
para aguardarmos
quando estiver difícil
de suportar?
Cada movimento,
observo...
e com honestidade,
confesso,
D'us Está lá!
E com Seu Consentimento
vejo o dia mudar...
Abrindo um sol imenso
para que os pássaros
voltem a cantar.
Como é belo acompanhar
todo um bando a voar,
por-se nos galhos da árvore
e quando o sol surge por inteiro
saem em revoada
talvez a nos mostrar
a obedecer
quando o Mestre
mandar
porque para tudo,
alguma razão há!

rivkahcohen

Em cinza resisto! rivkahcohen





Em cinza resisto!

Quiseram outras cores..
Rosa, amarelo,
quem sabe roxo?
Não achei certo,
afinal..
era o meu rosto!

Opinaram,
mudaram..
Repaginaram?
Serei um libro, uma pintura,
algo não libre, uma alcunha?

Foram tantos pincéis,
tantas mãos tapando minha boca,
segurando meus pés,
tantas idéias loucas..

Em cinza resisto
e com o pouco que sobrou,
uma coisa lhes digo..
Senhoras e senhores,
já não sei quem sou..!

rivkahcohen

A GENTE CONDENA! rivkahcohen




A GENTE CONDENA!

Já sei,
pensaste que não doía
e se não visses hoje,
verias outro dia.
Quantas vezes pensei assim..

Entendo,
achaste que estavas atento,
mas esqueceste que o vento
pode ficar zangado,
virar tornado
e levá-la de ti..

Hoje já é outro dia
e nada te dará alegria
de vê-la aqui!

Pode colocar bandeiras,
alto-falante, som,
recomendar a música primeira
que a pessoa que amas
não ouvirá tua declaração!

Vai, tenta aí !
Pode gritar do meio da praça
que a amas de graça
que não a verás sorrir!

Isso nunca se pensa
e se vem a mente,
a gente condena,
mas não deveria ser assim!

Antes
que levem quem amas,
antes
que o orgulho te cegue
diga a quem teu coração reclama:
- PRECISO DE TI! -

rivkahcohen

RIVKAH- Biografia





Sou Rivkah,

Rivkah no Brasil é Rebeca, na Itália é Regina, na França é Rejane.....

Geminiana, de Ascendente em Gêmeos também, sou uma pessoa muito voltada a tudo na vida. Fiz Ciências Sociais, mas gosto muito do Estudo Esotérico. Estudei sobre BhavaChakra, Arqueômetro e a Kabalah. Meu interesse é pela evolução do espírito, pois acho que estamos aqui para crescer espiritualmente. Como boa geminiana que sou, amo duas Pátrias, o Brasil e Israel e pertenço aos dois.

Resido em Brasília e sinto como se fosse minha terra natal.

Há quem a critique, pois não sabe compreendê-la, mas Brasília não é só o Governo que aqui está sediado, Brasília é a confluência do Brasil, mas além de tudo, seus habitantes, é a feliz visão de Don Bosco e justamente desse maravilhoso lugar que avisto o mundo e daqui escrevo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Triste adeus...Ciducha




Triste adeus...Ciducha


Enquanto a lua passeia lá no céu,
em mim, passeia uma saudade.
Misto de dor e ansiedade
onde o seu rosto é a personagem!

Você, que eu já tive nos meus braços
que reencontrei, sem nunca ter perdido
que vai morrendo aos poucos,
junto comigo...
nesse amor, que faz tanto sentido!

A lua pára, pra chorar de vez em quando
e é quando eu vou,
ainda mais, morrendo e amando
como algum dia, na primeira vez...

Não nos dissemos adeus...
jamais!
E no entanto, é doce esse meu pranto
tentando lembrar onde ficou
em que estrela se perdeu, morreu...
o nosso encanto.


Santos,2009

Reencontro feliz_ Ciducha





Reencontro felizCiducha

Estou feliz!
E por que nâo?
Sempre detestei a simulação.
Se você avaliasse o quanto eu sofri...
a ausência, as saudades que sentì,
que morreram sonolentas,
nas palavras que chegaram...

Não se magoe pelos meus rompantes,
esqueça tudo que eu lhe disse...
sei que não és tão livre quanto eu,
e voar não depende só de nós!

Mas o silêncio é tão torturante!
Se pudesses ver o que acontece,
quando minha alma, calada, emudece,
sequiosa de uma palavra sua,
uma única que fosse,
e que não chega...

Hoje,
sinto-me incomparávelmente contente
por tê-lo de volta!
Nunca havia me sentido tão solítária,
em toda a minha vida!
Nossas emoções se diferem, eu sei.
As suas são poucas e intensas,
As minhas, frequentes e ansiosas.

Eu bem que gostaria de me dominar,
manter a esperança cega,
e deleitar-me no encantamento do que vivemos.
Mas é tão díficil!... Falta-me a magia...

Tudo é tão subjetivo! Impalpável...
Ocorre-me às vezes,
que tudo não passou de um sonho.
Mas a tua lembrança é tão real!
E não podemos deixar,
que o medo assombre nossa realidade.

O reencontro é premente!
E será como nós esperamos que seja:
- O bailado das nossas almas,
ao compasso da sofreguidão dos nossos corpos,
e anseios...
Não o temo!
Apenas desejo, como sempre foi...
maravilhoso!
Santos,2008

Negue...Ciducha





Negue...Ciducha

Negue...
Que um dia já fui sua
e que também foi meu...
Não é mero sonho, nem ilusão
fomos, somos e sempre seremos,
um só coração!

Negue...
Mas eu duvido
que será capaz disso!
Seremos sempre um do outro
em qualquer ocasião
seja manhã , tarde ou noite,
dos dias que teremos,
chegaremos sempre a esta conclusão:
- Somos um só!

Negue...
Mas não tente me convencer,
porque não vai poder!
E você sabe de mim...
E eu sei de você...
Negue?!

Santos,09/06/2008

O que há de novo? -Ciducha





O que há de novo?Ciducha

Tantos anos se passaram
mas não passou a magia do seu olhar
certamente o mundo foi pródigo contigo
e porquê não dizer... também comigo!

Não há nada de novo
o mundo continua girando
separando, distanciando
até os pensamentos são velhos
unidos, eternos...

Como é bom te ver de novo!
É como dar as mãos ao tempo
e sair passeando pela vida
reencontrando esperanças perdidas...

Ah, mas nada é tão velho
que não possa existir!
Sonhar faz parte do universo
que se move vertiginoso dentro de mim!

Turbilhão de emoções
que povoa corações
que se reconhecem...
almas que se querem...

O que há de novo?...
O sol é sempre novo
o luar é sempre novo
cada amanhecer
é mais uma chance de viver!

E ponto!

Santos, 26/06/2007

sábado, 14 de novembro de 2009

POR ONDE ANDAS? Ciducha




POR ONDE ANDAS?Ciducha

Por onde andas?
Em que lugar te escondes?
Por que mostrar a todos
em letras, minhas poesias
Se as mostrei tão secretamente a tí?

Por que buscar emoções
diferentes em desconhecidos
se teu coração já me deu tanto...
e teu coração é que importa!

Por que deixá-la sem rumo
se és destinatário dela
mesmo quando finjo que não...
da primeira até a última!?

Olho fixo no imponderável
querendo ser verdadeira...
mas, sinto-me nua!
Caminho tardes de chuva
meu peito, teu apoio...
meu braço, teu amparo...
Teu abandono...
minha esperança!

E numa busca incontrolável
sempre te amando
o teu amor continuo buscando!!

Por onde andas?

20/11/2006

As Marcas do meu Tempo II- Ciducha




As Marcas do meu Tempo II
Ciducha

As marcas do meu tempo,
- do meu eu, no tempo -
estão nas incertezas
que aprendi a respeitar.

O meu mundo plano,
doce e pequenino,
não há mais...
(que menina não sou mais).

A vida tem degraus
e eu os galguei, passo a passo,
às vezes lentamente,
outras vezes apressada
desnorteada
buscando encontrar-me...

Cultivo quimeras
que me sulcam,
rebuscam-me...

Também, pudera!
Não é primavera, nem brotam flores
no jardim suspenso da minha vida,
tão cheia de cores, tão cheia de amores...

Ainda brilha o sol!
Que sobreviveu ao tempo,
como marcas que tatuei,
que não deixei apagar...
E às vezes me perseguem,
sonâmbulas,
incompreensivas,
questionáveis!

Mas são minhas,
totalmente minhas!
As marcas do tempo,
do meu próprio tempo
do meu próprio eu...
e ponto!

Santos,2008

Hoje sei... Ciducha



Hoje sei...
Ciducha

Estou a procura do mar
para navegar perspectivas...
e o meu amor encontrar.

Posso acrescentar uma coisa muito positiva,
em todas as minhas tentativas fracassadas.

Sei um pouco sobre o enigma da natureza
e muito pouco sobre as pessoas!

Sentia-me perturbada pela perseverança,
pela lealdade,pela submissão daquele homem
investido de tanta autoridade
e que no entanto,
se despojava de qualquer arma,
para entrar indefeso no meu quarto.

Eu ignorava quais eram os segredos secretos
daquele coração indecifrável...
e adorável.

Hoje sei!

Santos,2008

Estrela cadente- Ciducha




Estrela cadente
Ciducha

Uma estrela cadente
Ilumina o mundo com seu brilho
ao riscar, misteriosamente, o céu!
Essa estrela roubou a cena
ao deixar atrás de si
um fulgurante véu!
E eu, aqui...
querendo entender...
tentando saber...
sonhando em rever...
tão carente...

A estrela cadente
Explode em minha face,
diante dos meus olhos
E ofusca-os como uma faísca
que penetra em mim...
Bela, porém, dominadora e fria,
roubando-me o sono,
sem magia...

Oh! Que estrela egoísta!


Vai, estrela cadente,
arrebata sozinha, todo o céu,
e viaja na imensidão.
Mas vem te abrigar
dentro do meu peito...
E faça companhia para tua amiga,
a estrela-solidão!

20/05/2006

Apenas amantes- Ciducha




Apenas amantes...Ciducha


No pouco tempo em que estamos juntos,
com que intensidade nos amamos!
Num momento somos tudo
em outro, somos nada...

Sem pressa,
sem medo,
sem remorsos...

Mas o tempo urge!
A realidade nos chama
e volto com tua imagem
tatuada na minh'alma!

É quando tomas a rédea
desse caminho só nosso.
Voa em teus pensamentos,
e te perdes, sisudo e mudo
sem crença ou esperança
de voltares ao nosso ninho.


Seguimos em frente
plácida e ternamente,
porém...
apenas amantes...


Santos,12/2008

Amo-te! -Ciducha




Amo-te!Ciducha

Como jamais em tempo algum
amei alguém...

Amo-te hoje, como te amei sempre
além da razão,
com abono total do coração!

Amo-te...
desde o dia em que te ví...
e nossos olhares se cruzaram
e nossos corpos se atraíram
nossas almas se tocaram...

Foste o primeiro homem
a fazer meu coração acelerar...
Foste o primeiro a me despertar desejos...
Foste o primeiro a me fazer sonhar
Foste o primeiro... e sempre serás!

Amo-te desde então...
sempre vou amar.
E ponto.

16/11/2007

Quem sou EU? -Ciducha





Quem sou EU?Ciducha

Uma mulher que viveu
todas as alegrias e desventuras!
Conquistou e perdeu amores,
ganhou filhos e foi privada de um deles.
Riu e chorou... viu o amanhecer e o entardecer,
falou e ouviu... enfim, viveu!

Não preciso saber muito mais de mim
A sinceridade de minhas palavras (e versos) dizem tudo!
Falar sobre mim mesma é muito difícil,
pois eu acho que não me conheço bem.
Sei de algumas virtudes que tenho e de muitos defeitos.
Mas falar deles ou é cabotinismo ou masoquismo.
Ademais, não saberia quais aspectos abordar do meu ego.
Realmente não sei o que lhes dizer a meu respeito.

Creio que meus mortos
fazem o que sou
Pessoas idas, fatos, lugares
traduzem o meu jeito.
Enfim... sou o que morreu em mim
e mesmo assim, me quero viva,
alimento o sonho, a dor, o amor
E até a solidão!

20/10/2006

Biografia-Ciducha




Sou Ciducha, aprendiz de poeta,
Uma mulher apaixonada em todas as suas instâncias
Sou viúva, tenho 4 filhos e dois netos.
Minha maior tristeza:
Perder meu filhote mais velho há 4 anos atrás
Moro em santos há tanto tempo que acabei
Adotando como minha cidade natal
E nesta poesia (como em todas elas, tem um pouco de mim)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Chega mais_Cibele C.Teixeira





Chega mais

Cibele C.Teixeira

Tua presença me abala,
mexe com minha libido.
Minha voz, então, se cala,
fico atenta ao meu sentido.
Sinto o magnetismo
que paira sobre nós dois.
Sob um falso coleguismo,
disfarçamos,
e, até de nós, ocultamos,
o que não dá pra negar.
Chega mais... quero dizer,
e sei que queres falar.
Mas nós seguimos calados,
os desejos sufocados
pela força da razão.
Chega mais... eu não direi,
e sei que tu, também não.

Queremos_Cibele C.Teixeira





Queremos
Cibele C.Teixeira

Quantas vezes, perdida em seu corpo,
procurando o prazer de nós dois,
desejo que tudo nesse instante cesse,
que não haja mais nada depois.
Nessa hora de êxtase profundo,
esquecemos tudo o que no mundo,
por nós, está a esperar.
E queremos, num delírio louco,
achando que ainda é pouco,
pro mundo nunca mais voltar

Do amor, quero_Cibele C.Teixeira





Do amor, quero
Cibele C.Teixeira

Do amor, quero o beijo ardente,
o coração apressado no peito,
o corpo a corpo travado no leito.
Quero a expectativa do encontro,
e a privação total dos sentidos
no momento da paixão.
Quero o prazer que me percorre o corpo
ao toque sensual da mão.
Do amor, eu quero amar... mais nada!
E, depois do amor, eu quero, simplesmente,
ser mais, e outra vez, amada

Desejo_Cibele C. Teixeira






Desejo

Cibele C. Teixeira

Em certas horas, sente-se a falta
de outro corpo ao alcance da mão.
Se o desejo entoa uma nota mais alta,
essa carência se acentua, então.

Como suprir a ausência de outra boca
em nossa boca, marcando presença?
Como executar o ritual do amor
se têm que ser dois os fiéis dessa crença?

Talvez se deva, como um missionário,
no afã de cumprir sua missão,
buscar um adepto em qualquer corpo,
pra um prazer fugaz, de ocasião.

Meu pai_Cibele C.Teixeira




Meu pai
Cibele C.Teixeira



A vida que não espera,

o tempo sempre a passar,

é outono, é primavera,

tudo muda de lugar.

Pessoas que aqui estavam,

hoje não mais estão,

e o mundo indiferente,

por elas não para não...

Restam suas lembranças

em nossas mentes sentidas

onde permanecerão

ao longo de nossas vidas.

Não são necessárias datas

dos calendários formais,

para que suas imagens

não se apaguem jamais.

Enquanto eu vida tiver,

dele não esquecerei

por um só dia sequer.

Não me lembro das virtudes,

nem de defeito qualquer,

eu só lembro da presença

de sua figura amada

que não mais vejo chegar

nem passar pela calçada.

Em seu lugar, o vazio,

a dor da perda... nada.

Se eu morresse amanhã_Cibele C.Teixeira





Se eu morresse amanhã

Cibele C.Teixeira



Se eu morresse amanhã, comigo levaria,

entre as preces e ritos de adeus,

a luz brilhante desses olhos teus.

Se eu morresse amanhã, tu saberias,

pois, de repente, tu estranharias

a ausência dos poemas meus.

Se morresse amanhã, eu deixaria

uma brisa leve que tu sentirias

a soprar sempre nos caminhos teus.

Se eu morresse amanhã, eu tentaria

reter tua imagem e a levaria

pra ter comigo nos caminhos meus.

Se eu morresse amanhã, nem ligarias,

e a mim sequer destinarias

qualquer um dos pensamentos teus.

Versos pra ti, minha mãe_CibeleC.Teixeira






Versos pra ti, minha mãe
CibeleC.Teixeira



Versos pra ti, para o teu caminho,

pra te dizer do meu carinho.

Versos pra ti, para te contar

que tu, por mim, és lembrada,

que rezo para que os anjos

te guiem pela nova estrada.

Versos pra ti, para que encontres,

na tua vida de agora,

pessoas que te foram caras

e que te amaram outrora.

Versos pra ti, pra mandar embora

todo o medo que sentias

e, pairando sobre ti,

deixar só as alegrias.

Versos pra ti, para que perdoes,

por eu não ter entendido,

que pra curar tua dor,

tu talvez só precisasses

de doses extras de amor.

Reencontro_Cibele C.Teixeira






Reencontro

Cibele C.Teixeira



Não quero te falar do meu tormento

nem também te contar meus tristes ais.

Não quero ouvir dizer do teu lamento,

nem saber onde pões teu pensamento.

Quando te encontrar, quero nós dois

presentes na magia do momento,

somente corpo, alma e sentimento.

Não quero amor varando a madrugada,

eu quero amar na tarde ensolarada

com a luz do sol batendo na calçada.

Na manhã, não te quero ao meu lado,

quero-te pras horas de pecado

quando a luxúria cresce dentro em mim.

Quero apalpar teus músculos exatos,

sentir teu cheiro e sorver teus extratos,

desfrutar do teu corpo com vontade,

numa orgia de felicidade.

Depois, no aconchego dos teus braços,

me perder no calor dos teus abraços,

e beber da tua boca, o sorriso.

Pra mim, isso basta, é o que preciso.

Quero_Cibele Teixeira





Quero

Cibele C.Teixeira



Quero mostrar-te os versos que eu fiz

no longo tempo em que esperei por ti.

Quero dizer-te que não esqueci

que tu juraste me fazer feliz.



Quero que saibas que na longa espera

pintei, em nuances de aquarela,

o teu retrato, pra lembrar de ti,

sempre que passasse junto à tela.



De que valeram tuas vãs promessas,

se prometeste para não cumprir,

se nem ao menos tu ficaste aqui?



Quero que saibas que por ti, lamento,

que se lembrei de ti, neste momento,

foi pra dizer que eu já te esqueci.

À flor da pele_Cibele Teixeira





À flor da pele
Cibele C.Teixeira



À flor da pele

estão todas as dores,

todos os amores

que por mim passaram.

À flor da pele,

em mim, ficaram

os bons e maus momentos

que eles deixaram.

Meus sentidos, hoje,

são à flor da pele,

percebo tudo

com maior clareza:

sou atenta à beleza

e vulnerável à tristeza.

As marcas do tempo

tornaram-me assim...

melhor? pior? não sei...

simplesmente o que fiz de mim.

Biografia_Cibele Teixeira







Biografia
CIBELE TEIXEIRA


Sou professora aposentada e, somente há pouco tempo, resolvi guardar os meus escritos e mostrá-los, participando de grupos. Até então, tudo o que escrevia era descartado logo após.
Também toco teclado em reuniões, palestras e pequenos eventos.
Gosto muito de ler e leio em média três livros por mês.
Não gosto de viajar e nem de sair muito, mas estou sempre pronta para sair para tocar.

sábado, 7 de novembro de 2009

Um certo devaneio - Arneyde T. Marcheschi





Um certo devaneio

Arneyde T. Marcheschi



Quando meus olhos tocam o horizonte,com a retina,
sinto imensas saudades de você,meu amor.
E nessa saudade me sinto
invadida pelo passado...
Meus pensamentos se confundem, me entristeço,
tenho medo de magoar-lhe.
Mas você sabe que jamais amarei alguém,
como amei você, meu amor.
Sentir saudades suas
é tocar nas chagas tristes
da ausência e remoer
os anos que passaram.
Agora que estamos próximos do Natal,
eu queria somente um aceno seu,
de que eu deveria seguir adiante nesse novo sonho
que estou a construir.
Queria tanto que você
através do meu coração
me fizesse entender
que esse novo renascer
para a vida,é um passo certo.
Meus pensamentos se confundem,minha alma vive
momentos de turbilhão,
e eu sei que você na plenitude
alcançada pode asserenar
o meu padecer.
No afã de continuar sonhando
sinto o passado tão vivo,
tenho medo de confundir
e fazer transferências...
Então venho pedir-lhe
com todo amor que sempre nos dedicamos,
que me abençoe hoje e sempre.
E torça para que eu ao menos
seja feliz, a metade do que
fui com você.
Nossos filhos sempre me
deram todo apoio e compreensão,dizendo para eu
seguir meu novo caminho,
me despedindo desse passado,
e que você certamente
só deseja que eu seja
muito querida,amada
respeitada,valorizada
como você sempre com
sua ternura me dedicou.
Adeus!! È uma palavra
muito forte e machuca muito,
vou dizer até breve,amor...
e aproveitar para desejar que
seu Natal seja sublime
como será o nosso.
Vou me dar essa chance
de reconstruir algo...
quem sabe não dará certo!

Vitoria.E.Santo 2009
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Como chora o coração - Arneyde T. Marcheschi





Como chora o coração
Arneyde T. Marcheschi


Alma velando pranto
traduzindo a dor
corpo frio, marmorizado
olhar aterrorizado.

Lágrimas que gritam
desconsolo,atrocidade
desespero estampado
no rosto em comisseração.

Desarvorado, choro
engasgado na garganta,
olhos turvos
perdidos em meio a multidão,
obsserva o misero caixão.

Cortejo triste
pés no chão
um lamento profundo
a morte de um coração,
sózinho na imensidão...

Vitoria. Santo 02/11/2006
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Neologismo - Arneyde T. Marcheschi







Neologismo...
Arneyde T. Marcheschi


Um dia fui como uma rocha
fui fortaleza, frutifiquei,
amparei e embalei nos meus
seios meus filhos,
acalentei-os, saciei-lhes a sede,
a fome, o frio...
Encaminhei-os na escola da vida
e preparei-os para o futuro.
Esse fruto chegou rápido
e logo frutificou,
me deu de presente dois anjos,
meus netinhos Lucca e Enzo,
novos caminhos surgindo e
trazendo a luz para meu coração.

Nesse meio tempo
pai, mãe, marido, irmão,
já tinham feito a passagem,
eram tempos idos...
mas não deixei a dor tomar
conta de minha existência.

Descortinei a vida,
saí das sombras,
fui à procura da luz
mesmo tendo levado
algumas rasteiras da vida,
caí, agonizei, mas sobrevivi.

Ficaram algumas seqüelas:
marcas profundas, cicatrizes
que o tempo jamais apagará.
Nunca me deixei levar
pela tristeza, nem deixei
meu coração ficar em pedaços.

Sou como uma árvore
frutífera, verdejei, produzi frutos...
hoje ofereço o frescor de minha
sombra para agasalhar os irmãos
que se perdem nas estradas
e padecem sob o causticante sol.

Se vivo a poetar
a sonhar... a devanear
isso não sei.
Sei apenas que sei viver
e da terra improdutiva
extrair o amor , a essência
viva e pura da vida.

Vitória.E.Santo 14/04/2007
www.vidatransparente.com.br

Farol da vida! - Arneyde T. Marcheschi





Farol da vida!
Arneyde T. Marcheschi



As luzes traduzem a ambiguidade
das cores e expressões.
Parecem moldar aquarelas
que só a natureza tem as definições.
Sinalizam as embarcações
onde devem aportar e navegar
para não ser perderem em
tumultuosos ocenaos de emoções.
Orienta os que vão a lugar nenhum
sem rota, nem direção,
sem luar,sem amor,
perdidos no meio da tempestade
que faz noite em seu coração,
abortando seus devaneios, seus
sonhos e suas aspiração.
O farol da vida
é sua bussola interior.
Mantenha-o bem aceso
para não se perder na escuridão
da cruel e triste solidão
que sempre se apodera impiedosa,
sem pedir licença,
do seu triste e solitário coração.

Vitoria.E.Santo 12/05/2008
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Casulo de saudades- Arneyde T. Marcheschi




Casulo de saudades
Arneyde T. Marcheschi


Quando sua presença vem
nítida em minha mente,
e os pensamentos visitam
a alma,superando o pensamento
é hora de reverenciar minhas emoções.
No meio da mata o sabiá
cantando me chamando,
canta alegremente
acordando minhas recordações.
Me traz as saudades da infância
férias na fazenda,
café no bule, broa de fubá,
animação da garotada,
vovó contente com a casa cheia,
não se importava com tanta algazarra.
No meio do laranjal
a criançada brincava despreocupada
nem via a lida pesada dos que
aravam a terra para plantar.
Saudades dos banhos de cachoeira
nas tardes quentes de verão,
passeios de charrete,
voltas no velho caminhão,
quando íamos na vila buscar
mantimentos para alimentar
a peonzada e matar a fome da
criançada, éramos tantos...
Nem sei se me lembro mais
tantos primos e primas,
tios e tias, todos a nos
proporcionarem ferias
inesquecíveis.
Triste era depois voltar
para os estudos e a vida na
cidade grande, a capital.
Nas noites enluaradas
fazíamos uma grande fogueira
e meus tios com suas violas
cantavam suas modinhas
canções da velha Pátria
a Itália querida,que ficou
além mar.
para os casais dançarem,
e as saudades matar.
E nós a molecada
preparávamos caveira
de abóboras,colocávamos
lamparinas ou velas dentro,
para os mais pequeninos
no meio da noite escura,
assustarmos....
Eita época boa!Como dizia
o boiadeiro, o velho Tião
eita tempo bão!
No casulo de minhas saudades
ficaram para trás,recordações
imortais, como a história dos
meus avós paternos,
que se conheceram, se apaixonaram
nos porões do navio, que os conduzia
a terra prometida, Brasil.
Mas ao receberam seu quinhão
o destino os separou,
indo cada um para um roçado,
uma vila distante, nua, pobre
para uma vida de sonhos
e de ilusões recomeçar.
Perdidos de vista,
sem se importar, os corações
mantiveram-se apaixonados.
E quando meu avo veio a
primeira vez a vila de Itaguassu
acompanhado do seu pai,
vender o milho e o café,
essas duas almas gêmeas
se reencontraram,
e não se separaram mais.
Foram 52 anos de feliz união
12 filhos que lhes seguiram os passos,
aprenderam que na honestidade
se pode viver abençoado, e para meu
maior orgulho, o único filho que se
formou foi meu amado pai.
Que veio para a capital
o filho casulo, o mais destemido
em cima de um cavalo baio
para aprender as letras,e como
aluno aplicado, por uma boa
família foi adotado e logo
ganhou uma bolsa no internato
São Vicente de Paula,
onde orgulhosamente recebeu
sob aplausos o diploma
tão sonhado.
Ah! Pai querido!
Quanto orgulho tenho de você,
homem dócil, valente, que mesmo
o destino cruel, roubando-lhe a
visão de repente, nunca esmoreceu,
junto à minha querida mãe,
venceram todas as batalhas,
e fizeram de mim uma rainha
do meu irmão um rei...
pena que seu reinado durou pouco,
hoje anjo também, sinto que dos
céus os três me abençoam
e eu respondo Amém!
São nos casulos das saudades
a força que tiro
para sobreviver e não me abater.
Transformo em flor,
o dia que vou viver, florescendo
a cada novo amanhecer.

Vitória.E.Santo 2007
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Sussurros-Arneyde T. Marcheschi




Sussurros
Arneyde T. Marcheschi



Ouço a voz do vento
me descabelo, choro
exteriorizo meus sentimentos
quero você...
Você que um dia o vento
forte afastou de mim
deixando o vazio, a dor
a solidão sem fim.
Elevo meu pensamento
faço uma prece silenciosa
e peço ao vento, baixinho
que traga você de volta
para meus braços,para a
minha vida , para meu coração.
Sussurro baixinho
oro em surdina...
mas o vento não me escuta
leva você para bem longe
além do horizonte
onde a vida enfim, continua
silenciosa,misteriosa
e eu aqui,sofrendo assim
vou vivendo sozinha
nesse desalento sem fim
nessa angústia que corroe
minha alma,que me martiriza
que povoa meus sonhos
me machucando,
teimando em ficar em mim...

Vitoria.E.Santo 17/06/2005
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VIDA É UM ETERNO QUEBRA CABEÇAS- Arneyde T. Marcheschi




A VIDA É UM ETERNO QUEBRA CABEÇAS
Arneyde T. Marcheschi



Monta-se o jogo
junta-se as peças,
estuda-se a colocação
deve formar um mosaico
em plena e total perfeição.
Não é permitido sobrar
nenhuma pecinha,
tudo deve se encaixar.
Não se pode tentar ludibriar
nem trapacear,senão
o jogo não se encaixa.
Perde-se horas
estuda-se as figuras
é um exercício que força
a inteligência,
que faz raciocinar.
Qualquer erro pode ser
fatal...
Tem-se que recomeçar tudo
do principio,
tem que se trabalhar com
tranqüilidade e paz de
espirito e muita paciência.
Aguçar os sentidos,
estar atenta e não distraída.
Entro pela madrugada a dentro
que se demora zombeteira
ao me assistir torturada
por não conseguir juntar
as peças e formar o desenho
tamanha falta de tolerância...
Devo insistir,ser perseverante
olho de novo a resenha,
de repente tudo transparece,
se não coloco a primeira peça
certa, erro todas as outras.
Caminho errante pelos labirintos
trôpega,sem construir nada....
deixo apenas rastros de
insegurança, de ansiedade
do medo relevante de me
sentir incapaz,
de construir num mosaico de
papel, a edificação de
minha vida, incapaz
de arquitetar e levar a
término os meus planos.
Me dou por vencida,por
pequeninas peças que sorriam
zombeteiras da minha incapacidade
diante do primeiro obstáculo
a ser vencido.
Se me rendo diante de
uma caixinha de papelão
tenho que acordar para a realidade,
reconhecer minhas incapacidades
minhas limitações
toda minha fragilidade.
Uma grande angústia atravessa
o peito, varando o coração,
e na lassidão da dor
tive a sã consciência
de minha pequenez
de ser fraca e obstinada
de não querer aprender a crescer,
a enfrentar os desafios
de ter receio de lutar,
e na minha covardia
ficou expressa concientemente
o pavor que eu tenho
de num amanhã
não me tornar ninguém....

Vitória.E.Santo 107/08/2007
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Como dois passarinhos - Arneyde T. Marcheschi





Como dois passarinhos

Arneyde T. Marcheschi



Como dois passarinhos,

nos escondemos no ninho,

em busca de equilíbrio,

na silenciosa eloquência

da noite calma e serena.

Não é fácil esquecer o

vicio da paixão,

preencher o vazio que nos

enche o coração de

desilusão.

Passada a tempestade

saímos voando lépidos,

voando pelas varandas coloridas

de nossos lábios

bebendo das fragrâncias vazadas

de nossos apaixonados corações.

Alçamos voo mais alto

e passamos por lugares

onde nos amamos e você

sussurrando: te amo, me

beija sem se importar

com o canto da cotovia,

ali a nos espreitar.

Nossos beijos de mel

atraem os beija-flores

que ali vão em busca de amores.

Contemplo os colibris

sugando os ares do céu

sugando nas flores o mel

para nos lábios da amada

suavemente depositar.

Sim, como dois passarinhos

saímos em alvorada

buscando o calor do sol

para aquecer nossa paixão

nos beijando, ouvindo

nossa preferida canção.

Esquecendo nossas rugas

que transformaram nossos

momentos em tristes

horas de amarga crise.

A chuva passou, e a

calmaria trouxe de volta a

paz e magia dos seus olhos

renovou minhas esperanças

de que foram apenas alguns

pingos de chuva, que

molharam nossa noite de amor.



Vitória.E.Santo 1/01/2007

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Biografia- ARNEYDE TESSAROLO MARCHESCHI


BIOGRAFIA

ARNEYDE TESSAROLO MARCHESCHI,

NATURAL DE VITÓRIA , ES, NASCIDA EM 14/05/1949, PROFESSORA APOSENTADA,TOCA PIANO E DECLAMA.
FILHA DE ZENEYDE SIMÕES TESSAROLO E ARGEU ANGELO TESSAROLO.
VIÚVA DE VASCO MARCHESCHI, MÃE DE RODRIGO E GIOVANNA E AVÓ DO LUCCA E ENZO.

DESDE MENINA, EU ADORO ESCREVER, E INCENTIVADA PELO MEU MARIDO CONTINUEI A ESCREVER MEUS POEMAS E POESIAS, DITADOS PELO MEU ROMÂNTICO CORAÇÃO.
LANÇEI , MEU PRIMEIRO LIVRO "VIDA TRANSPARENTE", EM VITORIA E. SANTO NA BIENAL DA FEIRA DO LIVRO NO DIA 05-10-2005
Vida Transparente é o resultado de muitos sonhos e fatos reais na minha vida, desde adolescente fui transformando
em pequenas poesias,sonetos e poemas,
acalentando o sonho de um dia transformar em
um livro....
Um livro sem pretensões literárias,nem poéticas..um livro doce para pessoas apaixonadas e sonhadoras como eu.
Pessoas que amam a vida....
que mostram que mesmo na dor, podemos ir de encontro a nossa felicidade.
VIDA TRANSPARENTE FOI PUBLICADO PATROCINADO PELA
LEI RUBEM BRAGA. PREFEITURA DE VITORIA.E.SANTO

TENHO VARIOS LIVROS VIRTUAIS PUBLICADOS
NO MEU SITE www.vidatransparente.com.br

POESIAS SONHOS E EMOÇÕES
POEMAS...EMOÇÃO DO VIVER
EMOCÕES DO MEU VIVER
\ REFLEXOS DE NOS.(Arneyde * Maria Inez)
VIDA TRANSPARENTE VOL I
VIDA TRANSPARENTE VOL II
VIDA TRANSPARENTE VOL III


PARTICIPACÃO NAS ANTOLOGIAS

ALGUEM E NINGUEM- VARIOS AUTORES
ANTOLOGIA VIRTUAL- AVBL VOL I
ANTOLOGIA LITERARIA VIRTUALISMO- AVBL
UNI-VERSOS
ANTOLOGIA PORTAL CEN- VOL I
COLETANEA DE POETAS ESCRITORES CAPIXABAS-VOL 4
COLETANEA DE POETAS ESCRITORES CAPIXABAS- VOL 5
COLETANEA DE POETAS ESCRITORES CAPIXABAS- VOL 6
COLETANEA DE POETAS ESCRITORES CAPIXABAS- VOL 7





SOU MEMBRO EFETIVO DA AVBL
PERTENÇO A ACADEMIA TOKANDAR.(PORTUGAL)
SOU CONSULEZA DE VITORIA E.S.POETAS DELMUNDO
SOU MEMBRO EFETIVO DO PORTAL CEN (PORTUGAL)
SOU MEMBRO EFETIVO DA AVESP

CONTEMPLANDO O CÉU- Ruth Gentil Sivieri





CONTEMPLANDO O CÉU
Ruth Gentil Sivieri

A tarde passa e a noite já desmaia
No manto salpicado das estrelas.
Segura a lua para que não caia
Ostenta o espetáculo de vê-las.

Elas que me parecem tão imensas
Aguçando a vontade de pegá-las
Fosforescendo em cores mais intensas
A provocar vontade de abraçá-las!

E o raio de luar que em mim batia,
Adentrava em minh´alma mais feliz,
Balsamizando as dores que eu sentia,
Jorrando água como um chafariz.

Nessa translúcida contemplação,
Às horas tristes, dei o meu adeus
Sorrindo aos astros com grande emoção
E me senti mais próxima de Deus.

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Versejar

Minha foto
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Biografia Águida Hettwer Nasceu em 31 de março de 1974 na cidade de Horizontina no Rio Grande do Sul. Mora atualmente em Sapiranga/RS. Dedica-se às letras e as Artes no seu contexto amplo, desde muito jovem. Aprecia a simplicidade, a natureza, animais de estimação, Antiguidades e seu legado na história. Acadêmica de psicologia Feevale-RS. Faz da escrita uma terapia.